Opinião

Sete dicas para reduzir custos utilizando a eficiência energética

Muito tem se falado em ESG, alvo das companhias que estão de olho em investimentos. Ao mesmo tempo, qualquer operação visa reduzir ao máximo seus custos para ser lucrativa

Por Alexandre Sartori

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Muito tem se falado em ESG (Environmental, Social and Governance) e o termo virou alvo das companhias que estão de olho em investimentos. Ao mesmo tempo, qualquer operação tem como objetivo reduzir ao máximo seus custos para ser lucrativa. Pensando nesses dois pontos, a eficiência energética pode atender a esses objetivos de preservação do meio ambiente e de contenção de gastos. Como? Usando a energia de modo racional e eficaz.

Trata-se da premissa de "fazer mais com menos", ou seja, gerar uma mesma quantidade de energia, utilizando menos recursos naturais, um fator que também é determinante para a garantia de redução de emissão de gases, responsáveis por potencializar o efeito estufa.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), para obter resultados nesta modalidade, existem algumas ações que precisam ser tomadas, como aperfeiçoar os processos de produção e modernizar os equipamentos que compõem um sistema energético. Para apostar na redução do consumo energético, é preciso adotar algumas medidas que podem ser consultadas nas sete dicas abaixo:

1) Utilizar iluminação por lâmpadas de LED (Light-Emitting Diode) com níveis de claridade satisfatório e vida útil maior que as opções incandescentes e, ou fluorescentes;

2) Adotar equipamentos com Selo Procel - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, que indica aparelhos com melhor eficiência energética dentro das categorias existentes:

3) Checar técnicas de reuso, captação de águas pluviais, pesquisa para autoprodução, instalação de terminais redutores, entre outros correlacionados;

4) Optar por sistemas de automação, que resultam em otimização da produtividade, processos, comunicação entre equipamentos e precisão nos dados e controles, aumentando a qualidade;

5) Adequar as grandezas elétricas deixando-as harmônicas às características das operações:

6) Substituir insumos energéticos, como a energia elétrica, pela solar, para a necessidade de aquecimento de água, por exemplo;

7) Reutilizar energia de dissipação em insumo, como a utilização de energia térmica extraída em processo de aquecimento do ar como insumo para o pré-aquecimento de água.

Adicional a essas ações, temos metodologias ágeis, como a Lean, aliada no alcance de melhores resultados, pois visa avaliar os processos com o objetivo de eliminar desperdícios em toda a cadeia produtiva, entendendo que os recursos são limitados e finitos e, portanto, a produção deve ser feita com máxima economia de recursos, flexibilidade e qualidade, priorizando seu valor para o cliente.

Através de um time interno ou terceirizado capacitado para analisar, desenhar processos e sugerir soluções, as indústrias podem trabalhar sua eficiência energética através da automação de processos e melhoria no desempenho dos equipamentos, que podem ser acessadas com tecnologias digitais, como Internet das Coisas e Inteligência Artificial, reconhecidas como fortes aliadas neste processo.

Alexandre Sartori é diretor de Metal & Mining da Engineering

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